Desafios e Oportunidades para a Inovação no Brasil
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Publicado em 20/02/2021

DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA O FINANCIAMENTO DA INOVAÇÃO NO

BRASIL: Brasil ocupa a 62ª posição no Índice Global de Inovação 2020

Segundo Robson Braga de Andrade,  Presidente da CNI, a tecnologia e a inovação representam dois dos principais motores do crescimento e desenvolvimento econômico de uma nação. Para impulsionar o desenvolvimento de países distantes da fronteira tecnológica, como o Brasil, é fundamental contar com o uso de tecnologias estrangeiras e também com o desenvolvimento de tecnologias endógenas.

Braga, aponta que o Brasil tem grandes desafios a enfrentarÇ "Temos uma economia diversificada e desigual. Historicamente, ilhas de eficiência e prosperidade têm coexistido com a pobreza e outros problemas sociais, como os do acesso a uma educação de qualidade, a assistência médica e a diversos serviços públicos básicos. Em um país com essas características, a ciência, a tecnologia e a inovação costumam ser vistas como questões secundárias. No entanto, é justamente por conta dessas deficiências e fragilidades que o país deve reforçar suas apostas no desenvolvimento científico e tecnológico."

De acordo do o presidente da CNI, novas tecnologias podem reduzir problemas crônicos, melhorando serviços públicos e possibilitando um uso mais eficiente de recursos naturais, por exemplo. Para que isso aconteça, o país precisa garantir investimentos expressivos, estáveis e contínuos em ciência e tecnologia (C&T).

O setor privado também precisa ampliar seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). A criação da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) em 2008, sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria do Brasil (CNI), teve o objetivo de incorporar a inovação à estratégia de empresas que atuam no Brasil, bem como de promover a eficácia das políticas de inovação.

Nações em todo o mundo investem recursos públicos em atividades de pesquisa realizadas por universidades, institutos de pesquisa e empresas. Recursos públicos são essenciais para gerar novos conhecimentos e compartilhar os riscos envolvidos em pesquisas privadas. Além disso, mecanismos indiretos concebidos para fomentar o investimento privado em P&D também estão disponíveis. Nos últimos 20 anos, o Brasil estabeleceu diversas políticas públicas e instrumentos de financiamento e apoio à inovação. O governo criou programas de crédito, incentivos fiscais, bolsas para projetos de pesquisa em empresas, linhas de capital semente e investimentos de capital em startups, além de bolsas tradicionais para pesquisas em universidades e institutos públicos. Na área de saúde, por exemplo, o Brasil construiu um amplo sistema de laboratórios públicos de pesquisa, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Adolfo Lutz e o Instituto Butantan, entre outros. Esse sistema permitiu que o país se tornasse um importante centro de pesquisas epidemiológicas, que tem desempenhado um papel crucial no enfrentamento da crise da COVID-19. Atualmente, a crise fiscal tem prejudicado os avanços logrados por diversos governos nas últimas décadas.

O nível de investimentos públicos em P&D está mais baixo que há 20 anos e muitas das políticas públicas de financiamento da inovação estão sofrendo cortes de recursos ou correm o risco de serem suspensas. 

O Brasil ocupa a 62ª posição no Índice Global de Inovação deste ano, “Quem financiará a inovação?”, descreve o estado atual e a evolução de mecanismos de apoio financeiro e, ao mesmo tempo, explora avanços necessários e desafios que ainda precisam ser superados.

Texto extraido do Índice Global de Inovação deste ano, “Quem financiará a inovação?” realizado atraves de uma parceria entre a Universidade Cornell, a INSEAD e a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).

 

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